Best of Enemies: uma reflexão

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Best of Enemies (Melhores Inimigos) é um documentário que apresenta dois comentaristas, com ideologias políticas extremamente opostas e que discutem acirradamente a eleição de 1968, sendo disputada por Kennedy e Ronald Reagan.

O documentário nos faz parar para olhar para trás e tentar entender porque hoje a mídia se comporta de uma forma e porque nós agimos com tanta agressividade quando falamos de política seja no bar ou num jantar de família.

A ideia de se ter um programa com debate surgiu quando ABC News passava por maus bocados de audiência, e aproveitando o momento de eleição, foi sugerido a ideia de que acontecesse um debate entre dois comentaristas que tinham sido bastante comentados na comunidade estadunidense. Ambos com a mesma idade, acirravam a discussão muitas vezes partindo para ofensas pessoais. São eles Gore Vidal, defensor da esquerda e William Buckley, defensor da direita.

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Pavê de Vó: a Importância do filme da Mulher Maravilha

Eu sempre gostei de super heróis. Não consigo lembrar de uma fase da minha vida que eu não sabia quem era o Batman, ou que seu maior inimigo era o Coringa, ou que o Superman havia voltado no tempo para salvar Lois Lane de um trágico acidente. Acho que como as princesas disney, fez tão parte da minha infância que não consigo distinguir uma época que não estavam presentes.

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#pracegover: poster da Mulher Maravilha segurando o Laço da Verdade.

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The Shannara Chronicles: a sua nova série de fantasia favorita

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[Descrição da imagem: Eretria segura uma faca contra o pescoço de Amberle.]

O pavê de hoje te traz uma dica de série para você assistir, dar umas risadas, shippar e se divertir bastante. Vem conhecer The Shannara Chronicles, uma série de fantasia épica produzida pela MTV.

Desde que me juntei ao blog tenho como objetivo enaltecer essa série incrível que aparentemente ninguém além de mim assiste — inclusive, esse objetivo está bem claro na minha bio. Porém eu mesma deixei a minha amada série de lado para falar de outras obras, mas agora o momento chegou e vocês vão ter que me aguentar falando da beleza que é essa série.

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Os Quadrinhos A2 da Cristina Eiko e do Paulo Crumbim

quadrinhos a2 capaNo começo desse mês de maio, o Lady’s Comics, juntamente com a Quanta Academia de Artes, produziu o Encontro Lady’s Comics em São Paulo, nos dias 6 e 7, sábado e domingo. O evento teve palestras, painel de troca de experiências, apresentou várias quadrinistas e ainda por cima teve venda de hqs, adesivos, posters e tudo mais. Nós aqui do Pavê passamos lá na tarde de domingo (a Bia até mesmo postou umas fotinhas no stories do nosso instagram – você segue a gente lá?) e, no meio de tanta gente legal, eu tive a oportunidade de conhecer a Cristina Eiko, co-autora dos Quadrinhos A2 e da história em quadrinho do Penadinho, Vida, da Graphic MSP!

Vida foi a primeira hq da Graphic MSP que eu li – e, até hoje, é a minha favorita. Eu estava bem curiosa pra conhecer os Quadrinhos A2, que ganhou o troféu HQ Mix na categoria Publicação Independente de Autor em 2013, mas acabei enrolando pra comprar os exemplares – até chegar lá na Quanta e dar de cara com eles e com a própria Eiko. Fiquei tão animada que acabei convencendo mais gente a comprar (quem nunca?) e, depois que a poeira abaixou um pouco, voltei lá pra pegar autógrafo (porque, né, ninguém é de ferro). A Cristina Eiko foi super fofa e não só autografou as três primeiras hqs que eu comprei dos Quadrinhos A2 como ficou um tempo conversando comigo e com a Laura sobre o Pino, o dachshund deles.

O post de hoje é pra falar justamente sobre os três primeiros volumes dos quadrinhos autobiográficos da Cristina Eiko e do Paulo Crumbim – e, se você já conhece Vida, dá pra saber o que esperar, né não?

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#desafiopave: Cerulean: Belo, mas com seus defeitos

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[Descrição da Imagem: Foto da HQ, Cerulean, de Catharina Baltar. Ao centro, em um fundo esbranquiçado de uma mesa meio transparente, está a capa de Cerulean, com título em letra cursiva e branca, ilustração de uma sereia de cabelos azuis esverdeados de óculos, olhando fixamente para frente enquanto segura um celular com a tela brilhando em suas mãos, com a companhia de seu amigo axolote. Ao lado esquerdo, um marcador de página de uma das cenas da HQ, com Cerulean de corpo inteiro, vestindo óculos, uma camiseta, segurando em uma mão o seu amigo axolote e em outra o celular, com sua cauda de sereia à vista.]

Se vocês ainda lembram do #DesafioPavê, ele continua pleno e em pé, com as resenhas relacionadas ao desafio postadas sempre aos domingos. Estamos em maio e Cerulean foi a HQ escolhida para o mês de março, então sim, esse post está um tantinho atrasado, mas o que importa é que ele finalmente saiu! E caso você tenha perdido, pode conferir todas as resenhas relacionadas ao #DesafioPavê nesta página aqui, como a resenha de abril de As Lendas de Dandara feita pela Sol e O Enterro das Minhas Ex feita pela Mamá no domingo passado.

Cerulean é roteirizado e ilustrado por Catharina Baltar. O quadrinho começou com o Inktober – um desafio no qual artistas ao redor do mundo se propõem a desenhar todo dia durante o mês de outubro – e Catharina se propôs a tirar a sua personagem da gaveta e finalmente dedicar uma história completa para ela, fazendo uma página por dia no Inktober. A repercussão do projeto foi grande e com isso, depois de ajustes, acabamento e um desenvolvimento maior, Cerulean se tornou um projeto no Catarse e a sereia tomou forma física. Nós do Pavê descobrimos essa HQ na época em que ele ainda estava sendo financiado e tínhamos altas expectativas para ela. Afinal, uma HQ brasileira, feita por uma mina e, ainda, com uma sereia geek que usa óculos? Adoramos a ideia e algumas de nós estavam ansiosas. Eu, Lari, vou ser honesta e bem crítica nesta resenha. É sim um trabalho bem feito, poxa, é todo de aquarela e isso dá um trabalho enorme, tem muitos aspectos positivos, mas, no geral, eu esperava bem mais.

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Playlist: Mulher, você é f*da!

Hoje em dia, muitas pessoas são usuárias da plataforma Spotify, um serviço de música digital com um imenso número de títulos e artistas em seu acervo, e oferece tanto o plano gratuito como o premium.

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[Descrição da Imagem: Ilustração da capa do single 100% Feminista, com MC Carol na esquerda e Karol Conka na direita.]

E é nessa plataforma que eu montei uma playlist especial, feita principalmente para nós, mulheres. Afinal, quem não gosta de música? É uma arte tão vasta, com uma variedade tão grande, e mesmo que você não goste de um gênero específico, vai ter outro para agradar todos os gostos. E a música é poderosa. A música traz sentimento, traz reflexão, traz diversão, traz harmonia, traz dança, traz prazer, traz acolhimento. A música tem diversos poderes e reações diferentes na gente. Podemos nos encontrar nela, ser abraçados por ela e nos sentirmos bem, ou nos sentirmos mal, junto à ela; ou simplesmente dançar e aproveitar o momento. Ela também pode ser feita para empoderar. 

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Single By 30: Por que assistir?

Você já ouviu falar do YouTube Red? Não, não tem nada a ver com pornografia. Trata-se da versão paga do site de vídeos, que oferece a seus usuários vantagens como assistir vídeos offline e sem propagandas e também minimizá-los pra que você possa ouvir músicas, vlogs, podcasts ou entrevistas enquanto faz outras coisas no celular, entre outras coisas. Outro privilégio dos assinantes do YouTube Red é o acesso gratuito aos filmes e séries originais do YouTube. Sim, porque o YouTube agora tem suas próprias produções — certamente visando concorrer com a Netflix. Infelizmente, o serviço ainda não está disponível aqui no Brasil; por enquanto, apenas EUA, México, Coreia do Sul, Nova Zelândia e Austrália têm acesso a ele. Apesar disso, usuários de outros países podem assistir às produções do YouTube Red pagando por elas individualmente.

Pois é, o post de hoje não é uma recomendação gratuita, mas vale o preço e eu já vou mostrar porquê. Estou falando de Single By 30, websérie produzida pelo canal Wong Fu Productions, famoso por seus sketches, curtas e vlogs feitos por jovens asiáticos-americanos. A proposta do canal é um pouco semelhante a que o canal Yo Ban Boo tem por aqui, embora o Wong Fu foque mais na produção de curtas e o Yo Ban Boo tenha ultimamente postado mais vídeos abordando questões da militância asiática no Brasil.

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É sentir demais para falar de Linguagem das Flores

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Para cego ver: um amontoado de três livros e o primeiro, aparece a capa de A Linguagem das Flores, com duas mãos segurando uma flor rosa pelo caule juntamente com um vestido verde preenchendo toda a capa. Em cima do livro aparece em parte a Torre Eiffel.

O livro Linguagem das Flores, escrito por Vanessa Diffenbaugh, me marcou bastante me fazendo vir aqui e vir contar sobre esta obra.

A obra é narrada por Victória, uma garota que cresceu num orfanato e por ser sempre muito arredia e difícil de lidar, não conseguiu se manter com nenhuma família que tentou adotá-la — e foram várias –, até ser considerada inapta para adoção.

Ainda criança, aprendeu a amar as flores de uma forma incondicional, tanto que entendeu que cada uma possuía um significado (no final do livro, existe até o dicionário da Vic; você pode ir acompanhando junto com ela cada significado que ela dá à todas flores). Toda essa sabedoria foi atribuída a uma das mães adotivas que Victória teve, até por tudo a perder.

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#desafiopave: O Enterro das Minhas Ex

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[Descrição da imagem]: Parte da capa do quadrinho, com o nome da autora acima, Gauthier, e centralmente o título da obra, O Enterro das Minhas Ex, tendo ao redor algumas folhas caindo.

Acompanhar uma parte da vida de Charlotte foi uma experiência breve e deliciosa, proporcionada por O Enterro das Minhas Ex. Entre a protagonsita e eu, identifiquei algumas coisas em comum, um dos motivos que fez a leitura desse quadrinho ter sido tão agradável. A história, da autora Anne-Charlotte Gauthier (com tradução de Fernando Scheibe e publicada pela Editora Nemo), trata do crescimento e amadurecimento de Charlotte, utilizando para tal seus encontros com meninas que foram paixonites, crushs, amores da vida etc.

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