A HQ Alho Poró, da Bianca Pinheiro

No post de hoje, eu venho falar sobre uma HQ de uma quadrinista que eu já falei aqui. Alho Poró da Bianca Pinheiro é seu quadrinho mais recente e foi publicado de forma independente por financiamento coletivo no Catarse. Caso você não conheça, a Mamá já falou sobre o Catarse aqui nesse post. Muitos quadrinhos independentes são publicados por financiamento no Catarse, então fica de olho nos nossos posts sobre quadrinhos brasileiros que muitos vieram de lá também.

Como eu já disse, essa não é a primeira vez que falo de algo produzido pela Bianca. No ano de estreia do blog e do nosso especial, o Pavê Trevoso, eu fiz uma resenha de Dora.

Quando eu li Dora, li sem expectativa nenhuma e me deixei levar pela tensão, suspense e a dúvida. Aproveitei a história conforme a narrativa ia se desenrolando e se desenvolvendo. Me prendeu de início ao fim e terminei a leitura completamente admirada pela inteligência de quadrinista da Bianca e pelo trabalho de uma qualidade excelente.

Dito isso, já sabia que seria mais dura lendo Alho Poró, esperando o tipo de jogo entre narrativa x visual que juntos formam uma combinação em que você não consegue parar de ler, totalmente envolvido na leitura. E felizmente, posso afirmar que isso não deixou de acontecer. Alho Poró me prendeu de início ao fim e ouso dizer que me deixou mais intrigada e curiosa para saber o que ia acontecer ainda mais do que em Dora.

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Você conhece a lenda do Ipupiara? Um conto por H. Pueyo

Se você é desses que adora ouvir histórias cheias de brasilidade, com lendas e criaturas do nosso folclore brasileiro, veio ao lugar certo.

O post de hoje é o conto “Ipupiara”, escrito pela H. Pueyo e publicado na 15ª edição da revista Trasgo – uma revista online trimestral de contos de ficção científica e fantasia, trazendo sempre autores e artistas brasileiros. A Mamá já falou deles nesse post, sobre o projeto de trazer o material em meio físico também.

Para quem está se perguntando quem é Ipupiara, é claro, recomendo muitíssimo a leitura do conto. Mas só para dar uma contextualização, é uma espécie de monstro marinho que fazia parte da mitologia de dos povos tupis que habitavam o litoral do Brasil no período de colonização. Diz a lenda que ele foi encontrado e morto na capitania de São Vicente. Tanto é, que tem uma estátua lá da figura até hoje. A Sol até já mencionou isso no twitter uma vez.

E que meio mais divertido, intrigante e fascinante conhecer lendas brasileiras por meio de uma história? Em um jeitinho bem brasileiro? O conto do Ipupiara escrito pela H, Pueyo começa com dois homens, Isidoro e Andirá, no período de Brasil-Colônia. Isidoro, um português recém chegado e coletor de impostos, contratou Andirá, cabloco e filho de um bandeirante, para leva-lo ao interior, com o intuito de apadrinhar o filho recém-nascido de uma prima.

Ipupiara_Statue[Descrição da imagem: Estátua do Ipupiara de São Vicente, com uma cabeça de monstro, tórax de homem, garras e uma cauda, a estátua está sob a água, atrás tem uma parede de pedras e ao fundo a rua com uma casa e umas árvores/plantas.]

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A Trilogia Grisha: ‘young adult’ com uma nova perspectiva

Ao longo da existência do blog, já falamos várias vezes sobre livros do gênero YA, lançados recentemente ou não. Um dos gêneros que nós da equipe mais gostamos, tem sido bastante explorando na literatura mundial nos últimos anos, com muitas obras que, inclusive, chegamos a resenhar por aqui.

No post de hoje, mais uma vez trago uma recomendação de livros sobre fantasia – um dos meus gêneros favoritos de todos os tempos – e como a série A Trilogia Grisha, de Leigh Bardugo, apresenta uma perspectiva diferente do gênero young adult, fazendo parte de um movimento que traz mudanças significativas para a construção de histórias e seus respectivos personagens. Vem com a gente explorar esse universo fascinante!

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Por onde começar a ler Agatha Christie?

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#pracegover: imagem do elenco de Assassinato no Expresso Oriente, incluindo Michelle Pfeiffer, Judi Dench, Kenneth Brannagh como Poirot, Josh Gad e Daisy Ridley.

Com a recente estreia no cinema de Assassinato no Expresso do Oriente, vi bastante gente se perguntar por onde começar a ler Agatha Christie. O fato é que Agatha Christie é a rainha dos livros de mistérios, tendo escrito mais de oitenta obras durante toda sua carreira.

Agatha Christie só começou a publicar depois dos 30, após sua irmã a ter desafiado e dito que ela não conseguiria escrever um livro sobre assassinato. Pois dito e feito: Agatha levou o desafio tão a sério que deixou uma das obras mais prolíferas para trás, e uma carreira de sucesso. Suas obras foram adaptadas para o cinema, para o rádio e para o teatro, e há pouquíssimas pessoas que não conheçam pelo menos um de seus livros.

Eu sou fã de carteirinha da Senhora Christie, então resolvi escrever esse post com algumas recomendações de livros para os interessados.

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Um conto de natal que não é O Conto de Natal!

Chegou dezembro e com ele, é claro: as indicações natalinas! Se você gosta do natal (ou ao menos, das histórias que se passam no natal) e também gosta de histórias, provavelmente você deve ter ao menos uma pequena vontade de ler, assistir ou simplesmente descobrir alguma história nova sobre o natal.

Quem nunca ouviu falar do clássico de Dickens, Um Conto (ou Uma Canção) de Natal? E os filmes bregas de natal (porém que amamos) da Sessão da Tarde? E o especial de natal do Roberto Carlos que mesmo que você não assista, sabe que não pode faltar. Foi nessa onda natalina que eu me peguei procurando novos títulos natalinos para ler/assistir ano passado (inclusive esse ano também) e foi assim que acabei descobrindo O presente dos magos.

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6 YAs de Autores Negros pra colocar no seu radar em 2018

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Nesse mês da Consciência negra, o Pavê está especialmente dedicado a recomendar mais autores negros e também mais cineastas e artistas negros. O post de hoje é para quem gosta de YA — e aqui vai nossas recomendações de livros para ficar de olho no ano que vem.

Sem mais delongas, vamos direto para a lista, que incluem autores de livros young adult nos gêneros mais diversos.

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Coraline: Filme e Livro, a essência do medo e da coragem através de fantasia e surrealismo

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Coraline Jones. Você já deve ter ouvido falar dessa garota. Além de sua obra original, também possui uma adaptação para os cinemas e tanto a obra original quanto a adaptação são bem famosas. Pode ser que você já tenha lido o livro, mas de repente não parou para conferir o filme. Pode ser que você tenha assistido o filme uma pá de vezes, porém nunca chegou perto do livro. Ou você gostou da história o suficiente para conferi-las de todos os jeitos. Hoje venho falar da história de Coraline: uma resenha tanto do livro e outra do filme, comparações, conclusões e porque você devia conhecer essa história e porque ela se encaixa tão bem nesse Pavê Trevoso.

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Frankenstein, a primeira obra do gênero literário ficção científica

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[Descrição da imagem: Uma pilha de dois livros com a coletânea com as obras Frankenstein, O Médico e o Monstro e Drácula, da editora Martin Claret; acima, edição de Frankenstein da editora Zahar e um crânio decorativo.]

Nada melhor do que trazer ao nosso Pavê Trevoso um dos maiores e mais tradicionais nomes do terror mundial. Por isso, no post de hoje, refletimos sobre Frankenstein, sua importância não apenas para a literatura mundial como também para a cultura pop e, principalmente, te introduzimos aos seus primórdios. Vem com a gente explorar o famoso conto!
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Fazendo Ana Paz: sobre a formação de um personagem

Você sendo ou não escritor é sempre interessante ler sobre o processo criativo de outros autores. Entender melhor como aquela pessoa desenvolve e elabora suas histórias e personagens acaba sendo uma jornada que para nós, amantes dos livros, incrível de ser percorrida. Hoje vamos falar um pouquinho sobre a obra Fazendo Ana Paz, da Lydia Bojunga, que trata justamente disso.

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Pavê de Vó: Orgulho & Preconceito, o romance primordial

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Ok, gente. Eu sei que todo mundo já viu Orgulho & Preconceito. Pelo menos umas duas vezes, se não mais, se não literalmente todas as versões possíveis desse romance em uma maratona sem fim do casal romântico favorito de todos os tempos.

Orgulho & Preconceito é nostálgico, mas também não é. Eu já era um pouco mais velha quando li pela primeira vez, com treze anos, mas foi o suficiente para eu saber que esse livro mudaria minha vida, e que ele sempre vai ser aquela leitura confortável ao qual eu retorno quando o mundo é triste e cruel.

Sinceramente, tenho histórico de família. Também é um dos livros favoritos da minha mãe. Lembro que em 2008, quando fiquei doente e passei o dia inteiro em casa, ela me deu a lição de casa de ver a série inteira da BBC (culpo esse fatídico dia do meu eterno crush no Colin Firth). Então aqui eu vou falar mais um pouquinho sobre esse livro e sobre as adaptações maravilhosas que ele gerou.

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